19 de novembro de 2009

Final do ano está chegando, as mudanças (que pareciam tão distantes) estão logo à frente.. Não somente o fato de terminar os estudos e começar finalmente a construir meu futuro, mas também, toda a mudança na minha vida.. em todos os aspectos, e em todos os sentidos.
Não sei se é a proximidade de dezembro e do Natal (que sempre me deixou um pouco "sentimental") que me causou isso. Mas ultimamente ando pensando muito nesse salto da infância pra vida adulta. Lembro tão nitidamente de quando era criança, de correr no quintal com meu irmão, de brincarmos de guerra d'água, brincar de carrinho com ele, as brigas pra dividir a raspa da massa de bolo, as brincadeiras juntos... Quando meus primos vinham pra cá e íamos juntos à praia, construir castelinhos de areia, ou "pegar jacarézinho". Ahh.. a ansiedade pra chegar a páscoa, sair procurando ovos de chocolate e depois passar o dia se entupindo de guloseimas; ou acordar bem cedinho na manhã de natal, pra ver se o papai-noel veio (e, como meus pais nunca deixaram passar em branco, o papai-noel sempre tinha vindo), abrir os presentes com tanta euforia, e ficar feliz quando era justamente o que eu tinha dito que queria pra minha mãe.. como ele adivinhava ein? HAHAHA
Tempos bons, onde não precisava me preocupar em fazer a lição pra amanhã, quando "estudar pra prova" era sinônimo de decorar os personagens de um texto simples, e as notas no fim do bimestre sempre eram "A". Tempos onde era normal ficar com medo de monstros no escuro, e que se podia correr pra cama da mãe e receber uns bons cafunés até cair no sono. Tempos em que a única preocupação era a brincadeira de amanhã. Onde não havia stress, não havia raiva.. apenas quando um brinquedo se quebrava.
E mesmo passando tão depressa, mesmo com todos nos alertando: "Aproveite enquanto é criança, pois quando crescer a vida vai ser diferente"... mesmo assim parece que esse tempo não foi devidamente aproveitado. Parece clichê, mas eu era feliz e não sabia.
Depois veio o começo da adolescência, com novas descobertas, amores, decepções, evoluções, enfim, um mundo novo, com coisas totalmente novas.. e o desprendimento da infância.
Passam-se alguns anos, onde você realmente descobre quem são seus amigos, às vezes quebra a cara, mas depois passa a entender que a vida é sempre assim.. deve-se cair para aprender a levantar. Então, mais rápido do que a infância, você logo se depara com a preparação para a vida adulta. Vem as responsabilidades, a procura de empregos, a procura de uma carreira que irá decidir o que você será pelo resto de sua vida; escolhas, opções, caminhos que você terá de decidir (sozinho) qual seguir.. e, quando escolher, se houverem equívocos, você talvez esteja sozinho também, pois todos estarão ocupados demais com seus próprios problemas, seus próprios planos; à exceção de alguns que, você descobrirá mais adiante, são seus verdadeiros amigos.
Não sei onde estarei daqui a um ano, talvez partirei da minha cidade, pra um lugar totalmente diferente, com pessoas desconhecidas, e terei de deixar pra trás o lugar onde passei toda a minha vida, onde eu construí os alicerces disso tudo, onde eu me transformei no que sou. Às vezes procuro não pensar muito no futuro, mas é inevitável fazer planos, não há como não pensar no que irá nos reservar o amanhã.
Ah, sei lá, coisas sem-sentido embaralham minha cabeça. Bateu uma nostalgia e eu vim aqui :\
Já que o tempo não volta, vivamos no presente!