1 de março de 2010

vida

Revirando fotos de 18 anos atrás posso ver como mudei, como tudo mudou. Cresci tão rápido e o tempo passou em um piscar de olhos. Vieram lembranças boas e más na cabeça, minha infância, meu primeiro diário, meu primeiro animal de estimação, minha primeira bicicleta, que me rendeu belos tombos.
Não mudei só no físico, mas mentalmente também, de uma menininha que vivia com barbies e bonecas pra lá e pra cá me transformei em uma adolescente, com seus momentos de menininha ainda. Passei por muitas coisas, conheci muitas pessoas. Muitas se foram e algumas estão ainda presentes em minha vida, e desejo que não saiam tão logo. Tive aqueles que chamei de amigos, mas na verdade foram pessoas apenas de passagem, coisas de momento, tive várias turmas, épocas maravilhosas que trazem tanta saudade.
Me recordo de amigos de verdade que se foram, mas sei que mesmo longe posso contar com eles. Me lembro de cada viagem que fiz, cada momento que desejaria viver novamente.
As brincadeiras, de como eu era molecona, pega-pega, esconde-esconde, rouba bandeira, queimada, escolinha, casinha, batata quente... tanta coisa!
Lembro do meu primeiro dia de aula, onde todo mundo era diferente, onde me sentia tão deslocada, cercada de pessoas estranhas... depois me acostumei com a idéia de ir àquele lugar, passei a ser uma das mais inteligentes da turma, quanta saudade.
Passado um tempo, veio a inesquecível quinta série e as séries seguintes... anos em que milhões de coisas aconteceram de uma só vez: festas, amigos, idéias, paquerinhas, vontades, novas experiências, lugares... e tudo isso foi ficando cada vez mais intenso no meu dia-a-dia. Choros, abraços, fofocas, segredinhos... Fui aprendendo com o tempo o meu enorme valor, que nem eu tenho noção de quanto é grande! O valor de cada um. Tive coisas passageiras, coisas que ficaram e que me proporcionaram tantas felicidades.
Gosto de tudo o que tenho, adoro meu jeito incerto, indeciso, complicado. Às vezes prefiro fazer de conta que não enxergo certas situações, eu tenho um pouco de medo de tudo, mas gosto desses medos... aprendo cada dia mais comigo e com eles.
E sigo aprendendo, crescendo, evoluindo. Errando e levando tombos, assim como na minha infância, mas juntando forças e levantando de cabeça erguida, agora com uma experiência a mais, com um novo aprendizado. Afinal, a vida é feita de tudo isso.