15 de janeiro de 2012

Tarde, mas chegou



Noite igual, momentos quase iguais, pessoas iguais, desinteressantes... Dentre elas, um cheiro diferente, um rosto diferente, um jeito totalmente diferente.
Não era o momento certo, sequer era o que eu havia esperado daquela noite. Mas fazer o quê? Foi só um sorriso pra me fazer desistir dos planos anteriores e começar a traçar novos planos. Brincadeiras, risadas, petulância. A sintonia inegável.
Era como eu havia imaginado, e nunca havia encontrado.  Você tem o dom de ler pensamentos? Em poucos dias meu barco já estava ancorado. Como você conseguiu?
 Duas horas nunca pareceram tão intermináveis como aquelas, porém nunca foi tão compensador viajar aqueles malditos quilômetros diariamente. Sabe o que é trocar dezenas de mensagens diárias, e mesmo assim surgir aquela felicidade quando chega uma nova? Sabe a sensação de ver aquele sorriso adiante, enquanto braços se abrem para o encontro? Sabe aquele aceno na rodoviária quando o ônibus vai partindo? Sabe como é quando alguém que você conhece a tão pouco tempo consegue despertar em você atitudes que seriam improváveis até para quem você conhece a muito? Sabe o “se sentir em casa”?
Lugares iguais, momentos diferentes, sentimentos diferentes. Mesma sintonia... sempre a mesma. Ah, essas coisas indescritíveis.
Vieram os dias, os quilômetros passaram a importar, o inevitável não pôde mais ser adiado...
E o porém? Longos meses não foram suficientes.